Morei em Taipei, capital de Taiwan, por 3 anos, pouco antes de começar a Faap, e dá pra falar que viver no Oriente é por si só uma intensa experiência estética.
Mas houve um momento especialmente marcante nesse período, quando já estava quase voltando para o Brasil.
Fui assistir ao Festival das Lanternas, uma cerimônia mística onde o povo chinês escreve seus pedidos para o próximo ano em grandes balões de papel de seda, para depois soltá-los em direção aos céus (e aos deuses, suponho).
Não sou afeito à rituais religiosos, muito menos chegado em superstições, mas fui convencido pelos meus pais a acompanhá-los na viagem de 4 horas (ida e volta), rumo à tal montanha onde o festival acontece, sempre no 15o. dia do primeiro mês do calendário lunar.
E ainda bem que fui. O que presenciei foi inesquecível. Milhares de famílias reunidas, preparando seus balões repletos de ideogramas e esperanças, somente esperando o momento de soltá-los, todos em sincronia. E quando isto aconteceu, a imagem que se formou foi uma das mais impressionantes que já vi.
por (Bob) Yang Kuan Mei
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