quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Foo Musique


Sempre fui ligado a música e ao rock, isso vem do berço pelo gosto e profissão dos meus pais. Nasci em uma época onde o rock já estava começando a perder força, a música electronica e o rap estavam cada dia mais maiores, mas ainda não eram péssimas composições como hoje é o sertanejo e o pop das rádios.
A música faz os problemas desaparecerem, ou pelo menos serem menores, além de trazer uma questão de construção de personalidade muito grande, podendo ser importante em toda a forma que sua vida seguirá, os amigos que vai conhecer, com quem vai se identificar, o lugar que gosta de frequenter e a pessoa que vai amar.
A minha primeira paixão musical dentro do mundo do rock foi uma banda do estilo grunge chamada Nirvana. Ela proporcionou um estilo de vida que anexou a música e o skate como gostos fortes para mim. Havia apenas um problema, eu nunca poderia ver essa banda ao vivo, o fato é que eu nasci em 1992 e o vocalista da banda Kurt Cobain se suicidou em 1994, quando eu tinha apenas 1 ano e 10 meses de idade.
Muitas bandas seguiram com influências deixadas pelo Nirvana, mas uma era em especial, a banda formada pelo próprio ex-baterista do Nirvana Dave Grohl em 1995. Após descobrir ela direito com meus 11 anos de idade, sempre sonhei e pensei em estar em um show dessa que teria o ultimo resquício vivo do antigo Nirvana, o nome dessa banda é Foo Fighters.
Uma banda que lançou 7 CDs e que teve presença marcante na minha vida, relacionamentos, vontades, sonhos e momentos. O desejo de ver a banda ja estava um pouco apagado, pois não havia nem especulações dela fazer um show no Brasil por anos e anos.
Foi então que aconteceu, após muitos manifestos de fãs brasileiros a banda confirmou um show para o dia 7 de abril de 2012 na cidade de São Paulo, em um festival chamado Lollapalooza. Depois de 17 anos de banda eles viriam finalmente para a América do Sul. Quando soube do caso era outubro do ano passado, 2011, enquanto eu assistia ao vivo a comissão de imprensa do festival, e a partir dai começaram as preparações.
          Todo dia ouvia alguma coisa, seja do Foo Fighters ou do Nirvana, procurava informações do show e via outros concertos feitos pore eles em outros paises. Conforme foi chegando perto a ansiedade aumentava. Por sorte minha mãe trabalha na área e quando chegou o convite especial para o festival, possuía uma pulseira prateada que permitia a entrada no camarim e assistir o show praticamente do palco.
Mesmo antes de acontecer eu já estava feliz e satisfeito, contente por ter escolhido esse gosto musical que mudou muitas coisas na minha vida, tracei um caminho que não me arrependo e me orgulho muito, sou quem eu sou e tudo que fui na vida forma a minha pessoa e meu caráter hoje.
E chegou o dia que eu contei os minutos e os segundos para chegar, a caminho do festival o cd tocava Foo Fighters, e a energia do dia era regada pelo rock, eu senti algo muito bom e forte.  A área do camarim do Foo Fighters em especial estava impossibilitada de entrar, mas muitos músicos de outras bandas circulavam pela área dos camarins. O mais próximo que consegui foi um autografo do tecladista de turnê da banda, o unico membro que saia do camarim, mas mesmo assim eu estava satisfeito, estar lá era um sonho e o que estava por vir era inimaginável.
Eram 21:30 quando o show começou, eu e um amigo estavamos na boca do gol, quase dentro do palco vendo o show como poucos puderam ver. 70 mil pessoas em delírio e uma emoção e energia que talvez eu nunca tinha sentido antes. Cada música me lembrava uma época da minha vida, um momento ou até uma pessoa.
Foram três horas seguidas emocionantes e únicas, fazendo com que eu ficasse realizado, ligando a minha primeira grande banda favorita Nirvana com o Foo Fighters e passando por lembranças e memórias que formam o que eu sou e quem eu sou.
A música é incrível por infiltrar seus pensamentos e sentimentos de um modo que você não imagina. É bonito cultivar isso, e não ser regido pela moda onde uma música não é mais “legal” porque ela é de 1 ano atras.

Show do Foo Fighters no Brasil 07/04/2012

"What have we done with innocence
It disappeared with time
It never made much sense
Adolescent resident
Wasting another night on planning my revenge"
(Monkey Wrench – Foo Fighters)

                                                                                        Antonio Curti.

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